Barragem de Corumana concluídas em dois meses


A montagem de comportas e construção de um dique de portela na Barragem de Corumana, província de Maputo, devem estar concluídos no prazo de dois meses, segundo garantia dada ontem ao “ Notícias” pelo director da Unidade de Gestão da Bacia do Incomáti, Calisto Mabote.
A conclusão destes trabalhos vai elevar a capacidade de armazenamento de água naquela barragem e alavancar a produção agrícola, pesqueira e energética.
Construída no período 1983/89, a barragem acabou sendo entregue nas condições em que se encontrava até ao ano passado, sem comportas  e sem o dique de portela, por razões ligadas a limitações financeiras e insegurança, devido ao conflito militar que nalgum momento atingiu a região.
O dique é um mecanismo de protecção do empreendimento que pode ser aberto para libertar água armazenada e garantir segurança do empreendimento em caso de cheias de grande magnitude no rio Incomáti.
Calisto Mabote garante que os trabalhos estão praticamente no fim, havendo igualmente avanços na área de reassentamento das famílias residentes nas cinco comunidades susceptíveis de serem inundadas em caso de abertura do dique.
Precisou, por exemplo, que as 20 casas de Ndindiza já foram totalmente ocupadas e que o reassentamento dos 134 agregados está com 95 por cento de avanço.
Sem entrar em detalhes, Mabote explicou que as seis comportas do descarregador principal da barragem estão ainda em processo de montagem, mas a um ritmo satisfatório, que garante a respectiva conclusão dentro dos dois meses.   
Com as comportas, a barragem passará a armazenar 1.240 milhões de metros cúbicos de água, contra os actuais 720 milhões.
O aumento da capacidade de armazenamento de água vai permitir a irrigação de cerca de 36 mil hectares de culturas agrícolas, contribuindo para o desenvolvimento de outras actividades como a pesca, para além da geração de 16.2 mega watts de electricidade.
A central para o efeito foi desactivada devido à seca que afecta do sul do país desde 2015.
Paralelamente à conclusão da barragem, decorre na Moamba a construção de equipamentos do sistema de abastecimento de água ao Grande Maputo, com destaque para a estação de tratamento. A conduta de 95 quilómetros de extensão até Machava, na Matola, foi concluída em 2018.
Todos os projectos estão orçados em 4.4 biliões de meticais, fundos mobilizados pelo Governo e parceiros de cooperação, com destaque para o Banco Mundial.

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