DICAS SOBRE SAÚDE: O ABC do novo coronavírus

O que significa estar em autoquarentena?
AUTOQUARENTENA é um processo em que o indivíduo fica em sua casa num compartimento sem mais ninguém. Não havendo essa possibilidade, ele deve manter um distanciamento de aproximadamente dois metros com os outros. A ideia da quarentena é de não transmitir o vírus. Quarentena não é para pessoas doentes, é para aqueles indivíduos saudáveis que não sabemos se estão infectados. Estando em quarentena não deve partilhar utensílios com os outros, e é preciso implementar medidas de desinfecção. É uma medida de distanciamento social.

Quanto tempo o vírus resiste fora do organismo ou no ambiente?
Este vírus transmite-se por gotículas, geradas por espirros ou tosse, que ficam suspensas no ar ou contaminam superfícies. Um estudo publicado esta semana (semana passada) sugere que em gotículas no ar o vírus pode ficar até três horas suspenso ou no chão. Os tempos de sobrevivência divergem em relação ao tipo de superfícies se for cartão, alumínio ou aço. Em algumas superfícies ele pode ficar até três dias. É por isso que se deve higienizar as mãos com frequência e evitar tocar na cara. É preciso deixar o espaço arejado, com boa ventilação e circulação do ar.  O vírus é altamente transmissível.

Qual é o tempo de incubação do vírus?
O registo dos casos até agora verificados pelo mundo mostram que o período de incubação em média é de cinco dias, mas pode ir até 14 dias.

Em caso de tosse, febre ou fadiga devo me dirigir ao hospital?
Haverá conselhos diferentes consoante a fase da epidemia e a gravidade da doença. Numa fase sem casos confirmados,  solicitamos a quem tem sintomas ligeiros para ligar a um dos números que o MISAU disponibilizou. Numa fase em que já estaremos com vários casos identificados a recomendação poderá mudar. Pessoas com sintomas leves deverão ficar em casa para não sobrecarregar o sistema de saúde e reduzir a transmissão.

Em relação ao tratamento, já há alguma descoberta?
Neste momento não há tratamento específico. O tratamento é sintomático, isto é, damos o suporte que as pessoas precisam para vencer a dificuldade respiratória e a febre. Alguns falam de cloroquina, antiretrovirais, etc. Estes tratamentos ainda não estão cientificamente provados. Há, por exemplo, um estudo recentemente publicado numa revista científica de renome internacional que mostra que os antiretrovirais não têm efeito positivo sobre a doença.
Fonte: Ilesh Jani, investigador coordenador do Instituto Nacional de Saúde

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