EXPORTAÇÃO DA CASTANHA NACIONAL: Governo avalia acordo extraordinário com Índia



Os governos moçambicano e indiano estão a avaliar a possibilidade de assinar um acordo comercial extraordinário para a colocação da amêndoa de caju partida no mercado asiático, sob regime de quota.

De acordo com Lúcia António, chefe de repartição de Indústria no Instituto Nacional do Caju (INCAJU), a aproximação junto do Governo indiano resulta da constatação de que a indústria moçambicana de caju atravessa momentos difíceis, sobretudo pelo facto de a Índia, o principal mercado e maior processador mundial (cerca de um milhão de toneladas por ano), ter aumentado a sobretaxa de importação da amêndoa de caju de 45 para 70 por cento.

Em entrevista ao “Notícias”, Lúcia António afirmou que para minimizar o impacto da redução das exportações moçambicanas na economia do país, o INCAJU está também a identificar mercados alternativos, incluindo o doméstico, através do marketing e da promoção do multi-uso das amêndoas na indústria alimentar e de cosméticos, para a produção de farinha, leite, manteiga, entre outros produtos.

“Estamos também a criar sinergias com as companhias especializadas no aproveitamento de amêndoas para abastecimento nas indústrias alimentares, tais como da panificação, confeitaria, lacticínios, entre outros”, disse.

Segundo ela, a castanha de caju é uma importante fonte de arrecadação de divisas para Moçambique, sendo exportada como matéria-prima e produto acabado (amêndoa).

A título de exemplo, entre 2017 e 2019, foram exportadas de forma cumulativa acima de 80 mil toneladas de castanha bruta, tendo o país arrecadado 116 milhões de dólares norte-americanos.

Do volume total exportado, 76 por cento teve como destino preferencial a Índia e 24 por cento o Vietname.

No que diz respeito à exportação de amêndoa no mesmo período, 24 mil toneladas de amêndoa foram vendidas no mercado internacional, tendo gerado 155 milhões de dólares americanos.

A amêndoa processada em Moçambique teve ainda como destino preferencial a Europa (36 por cento), EUA (30), Líbano (9), África do Sul (9), Vietname (10) e Índia (6).

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