FDS intensificam “caça” aos insurgentes na província de Cabo Delgado



Especialistas das Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão a investigar os contornos do assassinato bárbaro de pelo menos 52 pessoas na aldeia de Xitaxi, no distrito de Muidumbe, província de Cabo Delgado, por um grupo de insurgentes que actuam em moldes terroristas.

A expectativa é que esta missão faça um levantamento exaustivo de informações de modo a aferir a provável existência de mais vítimas mortais e feridos além dos que já foram contabilizados.

O massacre ocorreu na primeira de semana de Abril e teria, segundo o ministro do Interior, surgido em retaliação às vítimas, por se terem recusado a integrar o grupo insurgente.

Sobre o desfecho do inquérito, Amade Miquidade não adiantou prazos, assegurando apenas que “o relatório será divulgado em ocasião oportuna”.

Miquidade, que falou ontem à imprensa no final da sessão do Conselho de Ministros, disse que as FDS estão a par das movimentações dos malfeitores nos distritos de Macomia e Metuge.

“A situação de Cabo Delgado está sob controlo. Isto significa que identificámos onde o inimigo se encontra, quais são as suas bases, seus acampamentos e seus movimentos. Enquanto isso, as FDS estão estrategicamente a se preparar para mais uma ofensiva”, disse o ministro do Interior, que na ocasião se fazia acompanhar pelo Ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto.

Em resposta às investidas dos insurgentes, que desde 2017 violentam populações em vários distritos de Cabo Delgado, as FDS têm protagonizado várias ofensivas, segundo Amade Miquidade.

A título de exemplo a fonte disse que a 7 de Abril foram abatidos 39 terroristas quando tentavam atacar várias aldeias no distrito de Muidumbe.

Na madrugada de 10 de Abril outros 59 malfeitores foram abatidos em confrontos havidos após um ataque às Ilhas Quirimbas. Nas noites de 11 e 12 de Abril foram abatidos outros 30 elementos em resposta a uma invasão à Ilha do Ibo. Neste episódio, segundo o ministro do Interior, os criminosos seguiam em quatro embarcações disfarçados de pescadores.

Já no dia 13 de Abril uma missão de patrulha das FDS capturou diverso material bélico e meios de comunicação num barco à vela, cujo proprietário foi abatido na tentativa de fuga.

O ministro condenou os pronunciamentos do porta-voz da Renamo, José Manteigas, que recentemente acusou as FDS e o Estado de estarem a atacar civis.

Miquidade classificou estes pronunciamentos como um aproveitamento político e manipulação da opinião pública.

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