META É CORTAR CADEIA DE TRANSMISSÃO DA COVID-19: INS vai testar diariamente cem amostras de Afungi



Pelo menos 100 amostras provenientes do acampamento da petrolífera Total, em Afungi, na província de Cabo Delgado, poderão ser testadas diariamente no laboratório de referência do Instituto Nacional de Saúde (INS), em Maputo, no quadro dos esforços visando cortar a cadeia de transmissão do novo coronavírus a partir daquele local.

Uma brigada do INS encontra-se desde ontem no acampamento de Afungi para desenvolver uma investigação epidemiológica, testagem massiva dos trabalhadores e descontaminação do campo, que já é foco de transmissão de 66 indivíduos, entre funcionários e pessoas próximas destes.

Na sessão de actualização dos dados sobre a Covid-19 a directora nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, disse ontem que desde o anúncio da primeiro caso de coronavírus, a 22 de Março último, o nosso país testou 1772 suspeitos, dos quais 84 na segunda e terça-feira últimas.

“Dos novos casos testados todos revelaram-se negativos para a Covid-19. Das amostras testadas 31 foram colhidas na cidade de Maputo, 52 na província de Maputo e uma em Gaza”, disse, confirmando, assim, a manutenção do número de infectados (76), sendo 68 de transmissão local e oito importados.

Em relação a Afungi, Sérgio Chicumbe, director nacional de Observação de Saúde do INS, disse que o laboratório de referência recebeu na tarde desta terça-feira 80 amostras relacionadas com a investigação em curso em Cabo Delgado, cujos resultados poderão ser conhecidos hoje.

Explicou que a brigada central tem como missão entender primeiro a matriz de relações dentro do campo para se montar uma avaliação epidemiológica mais correcta.

“Estamos a falar de vários grupos de trabalhadores que estão no acampamento e com várias funções que é preciso compreender como é que no exercício destas funções as pessoas se inter-relacionam. Neste momento a ideia é de fazer-se um plano de testagem escalonado. Hoje chegaram 80 amostras que ainda serão testadas e, com uma compreensão mais correcta de como é o trabalho dentro do acampamento, haverá um plano em que teremos amostras diárias que podem chegar a 100”, esclareceu Chicumbe.

Entretanto, e segundo fonte da Total, no início do ano havia mais de seis mil pessoas a trabalhar no local do projecto, em Afungi, contra os menos de 800 hoje existentes.

“Há uma redução adicional nos números acordada com o Ministério da Saúde, o que é muito importante para o nosso plano de gestão da Covid-19, que envolve igualmente um programa rigoroso de testes, quarentena e desinfecção. Essa abordagem é a melhor forma de tornar o local do projecto em Afungi livre do vírus e garantir que estamos bem posicionados para voltar ao trabalho quando os efeitos da pandemia global começarem a diminuir”, disse a nossa fonte.

Em Moçambique a implementação de medidas de controlo e seguimento dos suspeitos permitiu rastrear até ontem 518.598 pessoas, das quais 11.576 foram submetidas a quarentena domiciliar, estando em seguimento 831 indivíduos.

Mesmo assim a Saúde apela o reforço de medidas de higiene nas casas, como a lavagem das mãos com água e sabão ou cinza ou ainda o uso de desinfectante provado como seguro logo que voltar da rua e antes de tocar nos móveis, nas paredes, entre outros locais de uso comum.

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