Filipe Jacinto Nyusi orienta V Congresso da OMM

 

O Presidente da FRELIMO e Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, destacou o envolvimento da mulher moçambicana, particularmente a filiada a esta formação política, na busca e preservação da paz, tendo dito que desde o IV Congresso realizado, em 2014, a mulher enfrentou vários desafios, entre eles, o terrorismo em alguns distritos de Cabo Delgado.
Filipe Nyusi, que falava, no dia 09 de Abril, na abertura do V Congresso da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), saudou as mulheres que, integradas nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), com coragem e valentia, participaram lado a lado com o homem no combate contra os inimigos do progresso de Moçambique. 
“Ainda na noite de sexta-feira tive a informação de que nos combates contra os terroristas que decorrem no distrito de Macomia, posto administrativo de Chai, estão lá mulheres”, apontou Filipe J. Nyusi.
Nesse sentido, o PR instou a mulher a manter viva a chama da unidade nacional e a distanciar-se daqueles que pretendem dividir os moçambicanos manipulando a diversidade étnica e regional, com o intuito de atingir agendas ocultas.
Dirigindo-se a mais de 3 mil participantes, maioritariamente mulheres, Filipe Nyusi fez jus ao lema do congresso da OMM, “Mulher Moçambicana pela Unidade Nacional, Paz e Desenvolvimento”, tendo destacado que aquele órgão social do partido FRELIMO tem vindo a ser fiel intérprete dos anseios dos moçambicanos.
No que concerne à unidade nacional, Filipe Nyusi afirma que esta continua a ser um instrumento poderoso na luta contra aqueles que procuram desintegrar a sociedade moçambicana destacando que “as mulheres devem travar a tendência dos que tentam dividir os moçambicanos usando a sua diversidade étnica”.
Em relação à paz como factor de desenvolvimento, o Presidente da Frelimo considera que a OMM é um fiel intérprete dos anseios do povo moçambicano. Como corolário disso, desde a realização do IV Congresso em 2016 a esta parte, o país enfrentou vários desafios, nomeadamente, os ataques armados nas zonas centro e norte, e as calamidades naturais, mas graças a entrega abnegada da mulher, Moçambique tem vindo a registar melhorias nas referidas áreas, com maior ênfase para o diálogo com a Renamo para o cumprimento do DDR, bem como as relações de amizade com os países vizinho e parceiros no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Ainda em conformidade com Filipe Nyusi, as mulheres têm vindo a somar conquistas no país e exemplo disso é o facto de, além de ser presidida por uma mulher, a Assembleia da República ser composta 43,3% por mulheres.
Outros dados indicam que 5 dos 11 Secretários de Estado são mulheres, 3 dos 10 governadores são mulheres, 43 dos 154 distritos são dirigidos por mulheres, o Conselho Constitucional, o Tribunal Administrativo, a Procuradoria-Geral da República (PGR), Autoridade Tributária de Moçambique (AT), Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD),Instituto de Gestão de Participações do Estado (IGEPE), que são também dirigidos por mulheres.
Um dos sectores predominantemente dominado pelas mulheres é o da Saúde, onde as estatísticas mostram que 57% dos médicos, 72% enfermeiros são de sexo feminino, o que, segundo Nyusi, contribuiu na melhoria dos partos institucionais, actualmente na cifra de 89%. A seguir vem o sector da educação onde 42% dos 159 mil professores são mulheres, o que de certa forma também contribuiu para atingir os 49% da participação da rapariga nas escolas primárias e secundárias do país.
Porém, Nyusi diz que o Governo não está amarrado à paridade e que ela deve ser interpretada como sendo algo que varia, de forma natural, e que reflecte o desenvolvimento de competências das mulheres no país.
No desdobramento do papel da mulher no desenvolvimento do país, o Presidente da Frelimo afirmou que as vitórias eleitorais do partido que dirige são maioritariamente fruto do empenho das mulheres, em cerca de 52%.
Além das conquistas, o Presidente da Frelimo afirmou que persistem ainda desafios no que concerne à protecção e promoção dos direitos e oportunidades das mulheres, nomeadamente, a necessidade de aumentar o acesso à educação, principalmente nas zonas rurais; integração das mulheres nos programas de desenvolvimento para o combate à pobreza e mudanças climáticas.
Este é o quinto congresso da OMM em 50 anos de existência. Ainda este ano, a Frelimo vai comemorar os 60 anos da sua criação, a 25 de Junho próximo, bem como realizar o 12º Congresso em Setembro do corrente ano.

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