CPJ orienta debate virtual sobre consumo excessivo de bebidas alcoólicas

 

O “Consumo excessivo de bebidas alcoólicas no seio da juventude: influência comportamental vs consequências” foi o tema que mereceu debate virtual, nesta Quinta-feira, numa iniciativa do Conselho Provincial da Juventude (CPJ) Maputo. Sob moderação da Chefe do Gabinete do Presidente do CPJ, Latifa Tavares, o debate contou com a presença de Activista Social, Márcia Manhiça, Académica, Khanny Merlina e participantes de vários pontos do país.

No entender de Márcia Manhiça, os hábitos e costumes influenciam na mudança comportamental da juventude. “A sociedade é um sistema complexo. A maioria dos jovens deixa-se levar pela influência de amigos” - disse.

Em jeito de reforço desse posicionamento, Khanny Merlina, compreende que o álcool é uma droga (legalizada) que pode causar intoxicação ou morte. Pode ainda afectar o fígado e os rins. “Algumas pessoas recorrem ao álcool para aliviar a tristeza, mas esquecem que isso pode causar euforia e muitas sessões. Chega uma fase em que o cérebro não consegue gerir as emoções. As consequências disso têm sido, por exemplo, a violência doméstica e acidentes de viação”.

Por seu turno, o participante, Paulo João, é do entendimento que as instituições sociais, de certa forma, influenciam na vida dos jovens. “Há jovens que começam a beber, por exemplo, nas escolas. Há uma necessidade de as instituições sociais encontrarem meios eficazes para combater este mal. A responsabilidade de educação de um indivíduo não é só da família, o vizinho, a igreja e a escola têm a missão de contribuir”.

Na visão de Elton Mocumbi, muitos jovens consomem álcool, de forma excessiva, como forma de provação social. “Muitos jovens não conseguem justificar os motivos que lhes fazem beber”, sublinhou.

O participante, Hélio Michel, afirma que há países que têm políticas rígidas de venda de álcool. “Em Moçambique, isso não existe. Há alunos que consomem álcool até criarem confrontos com professores. Hoje em dia, os alunos criam medo nas escolas. É muito fácil comprar bebida alcoólica do que leite” - afirmou.