Governador de Maputo modera conflito entre as comunidades e a açucareira de Xinavane

 

A Açucareira de Xinavane, sob gestão da Tongaat Hulett, e as comunidades queixosas no conflito entre as partes comprometem-se a privilegiar o diálogo, como a via mais acertada para ultrapassar as suas diferenças, no assunto atinente ao uso e aproveitamento de terras.
Este espírito de abertura ao diálogo é resultado do trabalho realizado, sexta e sábado, dias 13 e 14 de Novembro, pelo Governador da Província de Maputo, Júlio José Parruque, que, essencialmente, tinha em vista criar um ambiente de tranquilidade que permita o estabelecimento duma plataforma de diálogo permanente entre as partes em contenda.
Usando uma metodologia iminentemente alinhada com os princípios orientadores da negociação, o dirigente reuniu-se, em separado, com as comunidades de Chichuco, Mulelemane e Mucombo e com os representantes da empresa Açucareira de Xinavane.
Destes encontros, ficou claro e assente que as partes estão pré-dispostas ao diálogo, para encontrar uma solução que ponha termo às desinteligências, que se arrastam por vários anos.
Aliás, o Governador da Província de Maputo apercebeu-se que, fundamentalmente, o diferendo entre a Açucareira de Xinavane e as comunidades de agricultores circunvizinhos, alguns dos quais organizados em associações, essencialmente produtoras de cana-de-açúcar, é resultado da falta de comunicação.
Por isso, o governante orientou a definição de um roteiro de diálogo, com o envolvimento das três comissões representativas das comunidades, a empresa Açucareira de Xinavane e o Governo Distrital de Magude, com o apoio da Província, uma tarefa que deve ser cumprida a curto prazo.
A longo prazo, de acordo com Júlio Parruque, deverá ser desencadeada a formação das comunidades sobre a cidadania, bem como direccionar mais investimentos às áreas para onde a empresa está a expandir os seus campos de produção, em cumprimento da sua responsabilidade social. Neste contexto, o governante afirmou que, as comunidades circunvizinhas da Açucareira de Xinavane não devem sobreviver apenas de cana-de-açúcar.
O conflito resulta do facto das comunidades reclamam a alegada usurpação de terras pela Tongaat Hulett e a partilha de dividendos, em contraposição da empresa, que afirma que sempre esteve atenta ao cumprimento das suas responsabilidades e reafirma abertura à consulta comunitária, mas condena os actos de vandalização dos seus bens, numa acção que alega estar a ser protagonizada por agitadores.

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